A crisp autumn’s day

Versão Inglês

It was a crisp autumn’s day. Cozily wrapped in my clothes and with my feet bathing in the water was how I discovered the property Vermilhas on my first day 🙂 It was a good introduction (to November)! Luckily I like rain! And even more when it’s scarce… Because above all I love the sun 😉

However, I would rather tell you about the property called baldio in Carvalhais, my favourite.

In this place, no effect on time (and no effect on weather).


“De deux choses Lune, l’autre c’est le Soleil.” (Jacques Prévert, Le paysage changeur)

 

Despite being in a hurry, I enjoyed waking up immensely. Half awake and half asleep, getting out of the pickup, I discovered the landscape frozen between day and night. It looked like I had been swallowed by fog. I woke up in a cloud at Baldio in the Carvalhais property.

The landscape is amazing too, by the way.

“C’est un environnement total qui nous donne l’impression d’appartenir à un monde plus vaste, plus solide, mieux organisé, plus certain, plus vivant que nous même” (Georges Plaisance, Forêt et Santé)

In this picture, the slope on the left gives you the feeling that everything is slipping from the top left corner to the down right corner.

Sometimes we can see something artistic. For example, in this picture, it looks like leaves on the burn wood. It’s a European mantis.

With our camp ready, we humbly began to reforest the Area! I discovered muscles that I never felt before.

“With a pickaxe we pick, pick, pick

In the mine, the whole day long

Pick, pick, pick, pick

Our favorite game “

(Snow White and the Seven Dwarfs, Heigh-oh)

 

We dig with our pickaxes in the ground, and we plant a lot baby oaks in one day!

We made sticks to identify new planted trees, and we put them close to the plant.

But during the night the impish wild boars are rampant… We knew that thanks to the video. In fact, wild boars had been spotted by the camera posed by Montis. They had been caught red-handed !


One day it was a carnage! As we could see, oaks had completely returned to the ground. Some oaks had the roots fully eaten. We found some dead oaks and some oaks still alive.

A bad business. I’m afraid.

Why do they do that ? It’s fun to investigate, I feel like a nature detective. Jokes aside, it’s still a great mystery to me.

 

“If you can make one heap of all your winnings and risk it on one turn of pitch-and-toss, and lose, and start again at your beginnings and never breathe a word about your loss.” (Rudyard Kipling, If)


So we had experienced several things :

Spray, rocks on the ground, removed acorn from the plant, put hair and we continue to look at innovative ways.

In all cases we re-plant oaks that are still alive.

But as someone told me, we have to accept Nature 🙂

So we plant oaks and we also seed chestnuts and acorns!

In the same way that the Jay makes his stock of acorns for the winter, we carefully select the seeds and bury them in the ground.
We eliminate blackish seeds, moles or pierced with small holes.

Then we seed it. A root embryo quickly sinks into the ground. A few days later the future stem appears. And later small leaves. The only thing left to do, is to wait and help it grow. Sometimes we have to sacrifice a few sprouts for the energy to focus on the strongest oak.
And we hope that a few years later it will take deep roots and become a sumptuous tree.

“Le vent aussi dispersait certaines graines. En même temps que l’eau réapparut réapparaissaient les saules, les osiers, les près, les jardins, les fleurs et une certaine raison de vivre.” (Jean Giorno, L’homme qui plantait des arbres)

The end of the day arriving, a beautiful natural make-up of earth, hands all muddy, we take the pickaxes on the shoulder 🎶Heigh-ho, Heigh Ho, it’s home From work we go🎶

Julia Lhermitte

Versão Portuguesa

Era um dia fresco de Outono. Confortavelmente embrulhada nas minhas roupas e com os meus pés em água descobri a propriedade de Vermilhas, no meu primeiro dia 🙂

Foi uma boa introdução (a Novembro!). Felizmente gosto de chuva! E mais ainda quando é pouca… porque sobretudo adoro o sol 😉

Contudo, prefiro contar-vos sobre a propriedade do baldio de Carvalhais, a minha favorita.

Este lugar não tem efeito do tempo (nem da meteorologia).

“De deux choses Lune, l’autre c’est le Soleil.” (Jacques Prévert, Le paysage changeur)
(Tradução: De duas coisas Lua, a outra é o Sol”(Jacques Prévert, Le paysage changeur))

Apesar de ter sido em correria, desfrutei imenso da nossa subida pelo baldio. Meio acordada e meio a dormir, sai da carrinha, e descobri a paisagem congelada entre o dia e a noite. Parecia como se tivesse sido engolida pelo nevoeiro. Acordei numa nuvem na propriedade do baldio de Carvalhais.

A paisagem também era incrível.

“C’est un environnement total qui nous donne l’impression d’appartenir à un monde plus vaste, plus solide, mieux organisé, plus certain, plus vivant que nous même” (Georges Plaisance, Forêt et Santé)
(Tradução: É um ambiente completo que nos dá a impressão de pertencer a um mundo mais vasto, mais sólido, melhor organizado, mais certo e mais vivo do que nós. Georges Plaisance, Forêt et Santé)

Nesta imagem, a encosta do lado esquerdo dá a sensação que tudo está a escorregar do topo superior esquerdo para o topo inferior direito.

Algumas vezes vemos coisas artísticas. Por exemplo, nesta fotografia, parece que vemos folhas na madeira queimada. É um louva-a-Deus.

Com o nosso acampamento montado, humildemente começámos a reflorestar a área! Descobri músculos em mim que nunca tinha sentido antes.

“Nós cavamos cavamos cavamos cavamos cavamos cavamos cavamos em nossa mina o dia todo
Para cavar cavar cavar cavar cavar cavar cavar é o que realmente gostamos de fazer”
(Branca de neve e os sete anões, Heigh-oh)

One day it was a carnage! As we could see, oaks had completely returned to the ground. Some oaks had the roots fully eaten. We found some dead oaks and some oaks still alive.

Cavámos com as nossas picaretas no solo e plantámos muitos carvalhos bebés num dia!

Fizemos estacas para identificar a novas árvores plantadas, e colocamo-las junto delas.

Mas durante a noite os travessos javalís estão desenfrenados… Descobrimos isso graças a um vídeo. Na verdade, os javalís foram avistados por uma câmara colocada pela Montis. Foram apanhados em fulagrante!

Num só dia foi uma carniceria! Como podemos observar, os carvalhos voltaram completamente ao solo. Alguns carvalhos tinham as raízes completamente comidas. Encontrámos alguns carvalhos mortos e outros ainda vivos.

Um mau negócio, suspeito.

Porque o fazem? É engraçado tentar perceber e investigar, senti-me uma detective da Natureza. Brincadeiras à parte, ainda é um grande mistério para mim.

“If you can make one heap of all your winnings and risk it on one turn of pitch-and-toss, and lose, and start again at your beginnings and never breathe a word about your loss.” (Rudyard Kipling, If)

(Tradução “Se puderes amontua todas as tuas vitórias e arrisca a lançar tudo de uma vez, e perder, e começar de novo nos teus começos e nunca respirar/pronunciar uma palavra da tua perda.” (Rudyard Kipling, If))

Já experimentámos várias coisas:
Spray, pedras no solo, remover a bolota do turrão, colocar cabelo e continuamos a procurar novas maneiras.
De qualquer forma, replantámos os carvalhos ainda vivos.

Mas como alguém me disse, temos que aceitar a Natureza 🙂

Por isso plantamos carvalhos e também semeamos castanhas e bolotas!

Da mesma maneira que os gaios juntam bolotas para o Inverno, nós cuidadosamente escolhemos algumas e enterramo-las no solo.

Eliminamos as mais pretas, com bolor ou perfuradas por animais. E semeamos as restantes. Uma pequena raiz rapidamente se afunda no solo. Uns dias depois, um futuro caule aparece. E mais tarde pequenas folhas. A única coisa que nos resta é esperar e ajudá-las a crescer. Algumas vezes temos que sacrificar alguns rebentos para que a energia da raiz se foque apenas no carvalho mais forte.

E esperar que nos próximos anos criem raizes profundas e se tornem maravilhosas árvores.

“Le vent aussi dispersait certaines graines. En même temps que l’eau réapparut réapparaissaient les saules, les osiers, les près, les jardins, les fleurs et une certaine raison de vivre.” (Jean Giorno, L’homme qui plantait des arbres)

(Tradução: O vento também dispersa vários grãos. Ao mesmo tempo que a água  reapareceu, reapareceram os salgueiros, os chorões, os prados, os jardins, as flores e uma certa razão de viver” (Jean Giorno, L´homme qui plantait des arbres))

Com o final do dia a chegar, uma beleza natural da terra, com as mãos todas sujas, agarramos as nossas picaretas ao ombro, e 🎶Heigh-ho, Heigh Ho, para casa nós vamos🎶

Julia Lhermitte

 

Leave a Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *